O navio Costa Concordia começou nesta quarta-feira (23/07) a ser
rebocado da ilha de Giglio, na Itália, onde estava encalhado há dois anos e meio. Depois de semanas de
trabalho para elevar o navio e colocá-lo em condições de navegar,
finalmente ele começou a ser rebocado para a cidade italiana de Gênova,
onde será demolido.
A embarcação voltou a flutuar
depois que as equipes de resgate injetarem ar em 30 flutuadores, fixados
ao navio, que tem 290 metros de comprimento e pesa 114 mil toneladas.
A operação de resgate é uma das maiores já feitas para recuperar um navio e tem custo total de 1,5 bilhão de euros.
A viagem se iniciou pouco depois das 11h locais (6h de Brasília) “O barco avança atualmente a uma velocidade de dois nós”, o
correspondente a cerca de 3,7 km/h, afirmou Sergio Girotto, um dos
engenheiros responsáveis pela operação da retirada do navio" com previsão de chegada ao destino no sábado. Quatorze embarcações acompanham a operação.
O chefe da agência de proteção civil da Itália, Franco Gabrielli, disse
que só se pode festejar o sucesso da operação quando o navio chegar a
Gênova. A viagem será acompanhada de perto por especialistas, para
evitar derramamento de líquidos tóxicos. O governo da França está
preocupado que o navio possa causar danos à Ilha de Córsega, que fica
próxima da rota da viagem.
Em Gênova, o navio será desmanchado e reciclado. Os trabalhos de
desmantelamento devem durar dois anos e empregar quase mil pessoas.
Entre 40 mil e 50 mil toneladas de aço devem ser recicladas.
O Costa Concordia tinha mais de 4 mil pessoas a bordo no momento do
acidente e, dos 32 mortos, um corpo nunca foi recuperado. Um mergulhador
morreu na operação de resgate.
O capitão do navio, Francesco Schettino, que ganhou manchetes em todo o
mundo por ter abandonado a embarcação antes dos passageiros, está sendo
julgado por homicídio culposo. A imprensa italiana publicou fotos dele,
nesta quarta-feira, num jantar na ilha de Ísquia, parecendo bronzeado e
relaxado.
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