domingo, 8 de junho de 2014

Megaoperação no MSC Divina dura 7 horas no Concais

MSC Divina em Santos
Cerca de sete horas após chegar ao cais santista, terminou a Megaoperação da Receita Federal para fiscalizar as bagagens dos passageiros do MSC Divina, navio que veio neste sábado de Miami, nos Estados Unidos. A embarcação, com 2.500 turistas, chegou ao porto por volta das 10 horas. Apenas às 17h30, as últimas malas foram escaneadas e abertas por uma das 14 equipes que trabalharam no Terminal de Passageiros Giusfredo Santini.
O desembarque mobilizou 57 servidores da Alfândega e ainda integrantes da Polícia Federal, Anvisa e Ibama.

O inspetor-chefe do órgão no Porto de Santos, Cleiton Alves dos Santos João Simões, reconheceu que a Aduana teve “um olhar mais atento” justamente pelo cruzeiro ter partido do paraíso das compras para os brasileiros. Segundo Simões, cinco escâneres de bagagem em um salão e mais 14 bancadas de conferência em um outro salão foram disponibilizados para a ação. Servidores da Alfândega estiveram a bordo do navio para explicar que a declaração dos bens antes do desembarque poderia ser feita pela internet. A cota individual limite de importação é de US$ 500. “Sabemos que muitas pessoas já preencheram a Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV)”. Neste caso, o imposto pelo excesso foi pago antes mesmo do desembarque no porto. O mesmo procedimento já havia sido adotado em Salvador e no Rio de Janeiro, onde o MSC Divina fez paradas.
A participação da Polícia Federal, com a utilização de um cão farejador, foi focada na preocupação com a entrada de armas e drogas.

A chegada do MSC Divina ao Porto de Santos não chamou atenção apenas pela fiscalização aduaneira. Esta foi a primeira atracação de navio no Cais de Outeirinhos, cujos trechos 1 e 2 foram inaugurados recentemente. A obra é realizada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-Copa). “É a maior obra de porto para o PAC. A logística do trânsito de passageiros e bagagens fica bem mais facilitada. Não será mais preciso usar o cais público junto com os terminais de carga para se chegar ao terminal. Aqui ficamos bem mais próximo do Concais”, explica o presidente da Codesp, Angelino Caputo e Oliveira sobre as vantagens da obra. Ele lembra que o novo cais é usado para esta temporada fora de época, recebendo navios para a Copa, mas será permanente para o Porto. “Nesta primeira fase, são 512 metros. Está previsto até maio do ano que vem completarmos 719 metros e, no final , teremos 1.300 metros, aproximadamente. Quando tivermos 719 (metros), teremos condições de receber simultaneamente dois dos maiores navios que chegam ao Porto”. Completo, Outeirinhos poderá receber até seis navios ao mesmo tempo, eliminando conflitos de tráfego provocados pelo deslocamento de passageiros de berços distantes do Concais. A obra permitirá, ainda, o aprofundamento do cais e será finalizada com instalação de moderna infraestrutura portuária. A um custo de R$ 287,2 milhões, o novo cais foi projetado para operar diversos tipos de carga.

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