domingo, 4 de junho de 2017

Nova geração de navios começa a operar no Brasil em 2018

O mercado brasileiro de cruzeiros deve ganhar novas opções de navios. O anúncio foi feito pelo presidente da MSC, Pierfrancesco Vago, ontem sábado (3), durante a inauguração do MSC Meraviglia, em Le Havre, na França. O navio, que nesta temporada operará apenas no Mar Mediterrâneo, ainda levará algum tempo para visitar a América do Sul. Por outro lado, um navio da geração ‘Seaside’, o Seaview, deverá atracar no Porto de Santos em novembro do ano que vem.
O mercado sulamericano segue sendo extremamente importante para a empresa. Já nesta temporada, o número de navios atracados no Brasil crescerá. Além de Santa Catarina entrar na rota da empresa, a armadora terá dois navios que partirão do Porto de Santos e um do Rio de Janeiro, aumentando a oferta em mais de 40% se comparado com o número do ano passado. O CEO da empresa, Gianni Onorato, se mostrou otimista com o mercado brasileiro, “O Brasil é o meu país preferido. Sabemos das dificuldades enfrentadas, mas acreditamos em uma recuperação. Para essa temporada, já teremos um crescimento na nossa oferta. Para o ano que vem traremos surpresas. Teremos um navio novinho, recém-lançado, em águas brasileiras. Acreditamos que esse navio é ideal para o povo brasileiro já que tem muito espaço externo. O brasileiro gosta de liberdade e de muito sol. Temos muita confiança nisso”, diz. 
Durante a inauguração do navio, um grupo artístico da Unicef fez uma apresentação de canto e dança. Depois o ator e cantor Patrick Bruel fez uma apresentação. Também na inauguração, a atriz Sophia Louren, madrinha do navio, fez um pronunciamento. "Desejo que todos do MSC Meraviglia façam sempre uma boa viagem", disse a atriz.
 Com o lançamento deste sábado, o Meraviglia passa a ser o maior navio da empresa. São mais de 33 mil metros quadrados de área comum em um espaço de 315 metros de comprimento. No total, o navio da nova frota poderá abrigar, ao mesmo tempo, cerca de 5.700 hóspedes, que poderão aproveitar uma das quase 2.300 cabines e experiências gastronômicas em 12 restaurantes diferentes, espalhados por várias partes do navio. 
Segundo o Diretor Geral da MSC Cruzeiros no Brasil, Adrian Ursilli, o mercado brasileiro tem tudo para voltar a ser a ‘menina dos olhos’ da empresa. De acordo com ele, apesar da retração econômica dos últimos anos, a MSC nunca pensou em tirar o país do foco. “O Meraviglia conta com a mais recente e avançada tecnologia da indústria. Ele foi projetado para atender todas as necessidades de seus hóspedes. “Estamos sempre avaliando novas oportunidades para o Brasil. Mantemos o compromisso de trazer nossas embarcações mais modernas. Até 2026 inauguraremos 11 novos megatransatlânticos de três novas gerações”, revela.
De acordo com o presidente da armadora, Pierfrancesco Vago, o mercado de cruzeiros segue em constante evolução. Ele ressalta, porém, que muitas pessoas não sabe exatamente como as viagens funcionam e nem imaginam que, muitas vezes, a embarcação acaba se tornando uma atração até mais empolgante do que o local de destino, já que existem passageiros que preferem permanecer no navio em vez de desembarcar em todos os portos de parada. "Estamos em busca de cruzeiros cada vez mais globais. Temos totais condições de adaptar o produto ao cliente. Sempre queremos levar para as pessoas coisas que elas realmente gostem e tenham a ver com a nacionalidade delas", diz. 
 De acordo com os executivos da MSC, os altos impostos e a carga tributária brasileira dificultam bastante a operação dos navios e, muitas vezes, acabam tornando o preço das cabines mais caros do que na maior parte dos outros lugares do planeta. Mesmo assim, a empresa segue tentando inovar para levar propostas atrativas ao consumidor. "Nosso objetivo não era construir o maior, e sim um navio com muitas propostas e oportunidades que pudesse atender todo o tipo de público. Podemos garantir que estamos prontos para entrar com esse novo navio em qualquer porto do mundo. O Meraviglia, por exemplo, estará no Caribe na temporada 2019 – 2020. Obviamente o Brasil precisa investir no setor portuário. A começar por Santos, que é por onde passa a maior parte dos nossos navios", explica Onorato.