MSC Musica atracado no Porto de Santos temporada 2009/2010 |
Para o MPF, o acusado agiu de “forma consciente, livre e voluntária” e “matou, por motivo fútil, com emprego de asfixia e valendo-se de recurso que dificultou a defesa da vítima”. O crime ocorreu por volta das 9 horas.
De acordo com a denúncia, Bruno teria cometido o crime por ciúmes da vítima e por receio de que ela terminasse o relacionamento. Camilla tinha decidido romper com Bruno e desembarcaria do navio no próximo porto de parada, o Porto de Santos.
Ainda conforme a denúncia, de autoria do procurador da República Thiago Lacerda Nobre, após asfixiar a namorada, que acabara de acordar, Bruno voltou ao seu posto de trabalho, entregou alguns sucos a pedido de hóspedes e depois retornou à cabine que dividia com Camilla.
Por volta das 9h42, ele telefonou para a recepção do navio para informar o ocorrido. A enfermeira, o capitão e o imediato do navio, então, se dirigiram para o local, mas encontraram Camilla morta.
Conforme os socorristas, a vítima estava “praticamente sentada e com o ombro direito contra a parede”. Bruno chegou a defender a tese de que Camilla havia cometido suicídio. Segundo o rapaz, ela teria se enforcado em um lençol. Ele informou ainda que teria retirado a tripulante da posição e realizado procedimentos de massagem cardíaca. No entanto, as testemunhas negaram ter visto qualquer lençol pendurado ou no chão ou na cabine.
Ainda conforme a denúncia, “a discrepância entre a versão apresentada por Bruno e a realidade posta das testemunhas já referidas mostra-se ainda mais evidente após a reconstituição dos fatos, demonstrando-se a incongruência dos argumentados apresentados pelo denunciado, especialmente em razão do cenário fático encontrado imediatamente após a morte de Camilla”. Além disso, “a prova técnica obtida no curso das investigações também indica para a consciente improbidade de ocorrência de enforcamento”.
tripulante do
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