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MSC Musica atracado no Porto de Santos temporada 2009/2010 |
O Ministério Público Federal denunciou o garçom Bruno Souza Bicalho pelo
homicídio da ex-
MSC Musica Camilla Peixoto Bandeira, de
28 anos, encontrada morta no interior da cabine que dividia com o companheiro,
no dia 10 de janeiro de 2010. Bruno teria assassinado a ex-namorada
estrangulada.
Para o MPF, o acusado agiu de “forma consciente, livre e
voluntária” e “matou, por motivo fútil, com emprego de asfixia e valendo-se de
recurso que dificultou a defesa da vítima”. O crime ocorreu por volta das 9
horas.
De acordo com a denúncia, Bruno teria cometido o crime por ciúmes
da vítima e por receio de que ela terminasse o relacionamento. Camilla tinha decidido romper com Bruno e desembarcaria do
navio no próximo porto de parada, o Porto de Santos.
Ainda conforme a denúncia, de autoria do procurador da
República Thiago Lacerda Nobre, após asfixiar a namorada, que acabara de
acordar, Bruno voltou ao seu posto de trabalho, entregou alguns sucos a pedido
de hóspedes e depois retornou à cabine que dividia com Camilla.
Por
volta das 9h42, ele telefonou para a recepção do navio para informar o ocorrido.
A enfermeira, o capitão e o imediato do navio, então, se dirigiram para o local,
mas encontraram Camilla morta.
Conforme os socorristas, a vítima estava
“praticamente sentada e com o ombro direito contra a parede”. Bruno chegou a
defender a tese de que Camilla havia cometido suicídio. Segundo o rapaz, ela
teria se enforcado em um lençol. Ele informou ainda que teria retirado a
tripulante da posição e realizado procedimentos de massagem cardíaca. No
entanto, as testemunhas negaram ter visto qualquer lençol pendurado ou no chão
ou na cabine.
Ainda conforme a denúncia, “a discrepância entre a versão
apresentada por Bruno e a realidade posta das testemunhas já referidas mostra-se
ainda mais evidente após a reconstituição dos fatos, demonstrando-se a
incongruência dos argumentados apresentados pelo denunciado, especialmente em
razão do cenário fático encontrado imediatamente após a morte de Camilla”. Além
disso, “a prova técnica obtida no curso das investigações também indica para a
consciente improbidade de ocorrência de enforcamento”.
tripulante do