O ministério público italiano pediu hoje 26 anos e três meses de prisão para Francesco Schettino, ex-comandante do paquete "Costa Concordia", que há três anos naufragou junto à costa de Itália, deixando 32 mortos.
"Não é uma pena exagerada", afirmou a procuradora Maria Navarro ao tribunal de Grosseto (Toscânia), que está a julgar Schettino por homicídio, abandono de navio e atentados contra o ambiente.
O ministério público pediu também a prisão do ex-comandante para evitar a fuga e uma série de penas acessórias, incluindo a interdição de comandar um navio.
O único acusado neste processo, iniciado em 2013, não estava presente na sala de audiências, instalada no teatro da cidade de Grosseto.
O processo vai continuar com a intervenção da defesa, antes de o tribunal chegar a um veredito, que deverá ser conhecido no início de fevereiro.
Francesco Schettino, de 54 anos, abandonou o navio que se afundava, com 4.200 passageiros e tripulantes.
Durante o interrogatório dos procuradores, Schettino minimizou a sua responsabilidade no acidente, apresentando uma imagem de comandante mal informado pela tripulação.
O "Costa Concordia", que navegava demasiado perto da costa da ilha de Giglio, ao largo da Toscânia, embateu num rochedo a 14 de janeiro de 2013.
Em julho passado, o navio parcialmente submerso foi posto a flutuar e transportado para o porto de Génova, onde está a ser desmantelado.
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