domingo, 28 de abril de 2013

Praticagem Brasileira

Com custo até 2789% mais caro do que os principais portos do mundo, a praticagem brasileira chega a cifras altíssimas. As operações de manobra de entrada e saída dos navios em portos, serviço conhecido como
praticagem, apresentam, no Brasil, custos extremamente elevados.
A taxa, que já está se tornando uma limitadora para a vinda de Cruzeiros Marítimos ao Brasil, deverá agora ser monitorada pela Comissão Nacional de Praticagem. A medida faz parte das mudanças que o governo pretende fazer no setor portuário e visa acabar com o monopólio e redefinir o preço do serviço prestado de acordo com uma metodologia clara quanto ao tamanho do navio, tipo de carga e questões meteorológicas.
Um levantamento da ABREMAR (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) mostra a diferença de valores cobrados nos principais portos do mundo. Entre os mais caros estão os portos de Salvador, Santos, Ilhabela e Rio de Janeiro, que chegam a custar, respectivamente, 2789%, 1080%, 892% e 521% a mais que o porto de Barcelona, na Espanha. Os valores foram considerados para as duas manobras de escala (entrada e saída) para navios com 137 mil toneladas – veja tabela completa abaixo.
A praticagem, na maior parte dos portos mundiais, é tarifada e regulada por órgãos do governo, e não há variação de cobrança entre companhias, mesmo com navios de mesmo tamanho e manobras similares – o que acontece no Brasil.
Com tudo isso, o país acaba perdendo competitividade para regiões da América do Sul que operam taxas mais atrativas, como Valparaíso (Chile) e Montevidéu (Uruguai). Além disso, também perde navios e turistas para mercados emergentes no setor de Cruzeiros Marítimos, como Pequim (China) e Sidney (Austrália).
Este último, além de apresentar taxas extremamente mais atrativas que as brasileiras, ainda possui clima similar ao nosso e extenso litoral, tomando conta de um lugar, no verão do Hemisfério Sul, que já foi do Brasil.
Fonte: ABREMAR

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