a verdade é que o MSC Divina (gemeo do Preziosa) não passa sob a Ponte Newton Navarro (foto) e a logística alternativa foi rejeitada |
Nos últimos dias, informações deram conta de que o porto de Natal não mais receberia o navio e que os torcedores viriam de Recife em 80 ônibus, para assistirem aos jogos em Natal. O presidente da Codern garantiu que as negociações junto à MSC ainda estão em andamento, o que descarta a informação de que o Porto de Natal já havia perdido o navio com os turistas mexicanos. “Esses boatos estão gerando informações que não são verdadeiras. Nós estamos em contato com a empresa e eles estão decidindo se aceitam ou não o que nós sugerimos”, disse o diretor da Codern.
A solução encontrada pela Companhia Docas seria ancorar o navio em uma área de fundeio, que fica localizada a 2,5 milhas da costa e realizar o traslado dos passageiros por meio de embarcações do próprio navio, prática comum em Búzios, Ilha Bela, Portobelo e até na Ilha de Fernando de Noronha, por exemplo. Existem áreas que não possuem portos nem terminais, o que obriga que os navios cruzeiros fiquem ancorados em áreas de fundeio e realizem o traslado dos passageiros por meio de embarcações menores dos próprios navios.
O presidente da Companhia Docas criticou a polêmica que está sendo levantada em relação ao assunto, já que, segundo ele, não há dificuldade por parte do Porto em fazer essa operação, que é a solução mais viável e segura para os passageiros. “Essa é uma prática feita no mundo inteiro sem riscos para os passageiros e tripulantes do navio. Agora, o risco é você fretar 80 ônibus para trazer esses turistas de Recife a Natal. Estão condenando a solução mais viável”, defende Pedro Terceiro.
De acordo com informações da Marinha do Brasil reproduzidas pelo presidente da Codern, a operação que será realizada, caso o navio com os turistas mexicanos venha para Natal, durará em média 15 minutos por viagem, do navio ao Terminal Marítimo de Passageiros. O navio possui seis embarcações com capacidade para 700 passageiros cada uma.
O consultor defendeu ainda que a prática de fundeio do navio cruzeiro seja feita em Natal, o que ele considera viável, acrescentando que as críticas a respeito do assunto deveriam ser direcionadas a quem construiu a ponte, e não ao Porto de Natal. “Se o navio tem um calado aéreo grande e a ponte tem um calado aéreo pequeno, quem sofre com as consequências é o Porto de Natal. A culpa disso não é do Porto. Quem deveria responder sobre isso era quem mandou fazer essa ponte”, afirma.
O diretor Técnico-Comercial da Codern, Hanna Safieh pediu para que sejam divulgadas informações corretas a respeito do assunto, para que o Porto de Natal não seja prejudicado por informações inverídicas. “Contamos com vocês para corrigir esse erro grave. Estão tentando colocar problema onde não existe. Será que é mais rápido e seguro sair de um comboio de Recife, ou descer em lanchas a duas milhas do Terminal, com conforto, segurança e agilidade?”, questionou.
O presidente da Codern reiterou o esforço da Codern em trazer para Natal o navio e falou sobre a importância desse acontecimento para o Porto. “Se nós conseguirmos trazer esse navio será uma quebra de paradigma que será feita, para que não fiquem pensando que o Porto não tem capacidade de realizar essa operação e que nenhum navio passa por de baixo da ponte”, declarou o diretor-presidente Pedro Terceiro.
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